sábado, 14 de abril de 2012

?in

Escrever me permite viver outras vidas, nas quais sou mais louco, mais puro e mais solitário. Isso ainda vai ser chamado, como espécie do gênero de Khármides, de "Quixotismo".
Estranho (e talvez estúpido) escrever isso em uma postagem pública. De qualquer forma, é sobre "?in" que pretendo falar. Esse poema que acabo de postar, pelo menos a primeira parte - "o Zero ora" - é obviamente inspirado em Ezra Pound e em Haroldo de Campos. Nele tento me comunicar numa língua lusa - decerto - que explora suas próprias possibilidades. Personificações (substantivações) de adjetivos, verbos flexionados etc povoam o poema, um épico que não faz sentido. O Zero centraliza a ação, competindo com o semperderrotado Vacu um, uma espécie de criatura do Zero, seu Filho, seu Concorrente. Entre esses dois solitários seres surgem tentativas de criaturas, uma guerra monótona se segue. O personagem-poético do Zero é sádico, onisciente, onividente, poeta. Faz e desfaz de livre alvedrío, com poucas interferências reina.

Ezra zera
   Haroldo doura'o...
Quixote thought

(o Zero borra o Tudo)


Todd Peterson's Quixote

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